sábado, 27 de outubro de 2012

Existia greve na URSS? Eram proibidas?


Muitas vezes o anticomunista usa o seguinte argumento para desqualificar os feitos do povo soviético: na URSS não foi permitido porque os sindicatos atinge estado soviético dependente. Teve greves na União Soviética? Eles foram proibidos? Ambas as perguntas têm respostas negativas.

Não era permitido greves porque os sindicatos eram marionetes do Estado. Verdade que não havia greves? Os sindicatos eram subordinados ao Estado ou eram proibidos?

A greve é ​​um instrumento de ação contra o patrãi, portanto, depois da Revolução de Outubro a greve perdeu o seu significado primeiro de instrumento contra os desmando do patronato, já que as fábricas no socialismo foram desapropriadas e a opressão suprimidas. As empresas já não pertenciam a um número irrisório de oligarcas, pertenciam a todos os trabalhadores e eram administrados pelos mesmos. Sendo assim, já que os próprios trabalhadores geriam a empresa, qual o sentido da greve?

Porém, a história que é disseminada pela mídia burguesa é que na URSS as greves eram proibidas. Nunca houve tal proibição. A verdade é que através do controle operário os sindicatos de categoria não via mais sentido nesse instrumento e as greves na URSS eram cada vez mais escassas. A verdade é que o desenteresse pela greve como instrumento de luta não foi resultado de uma lei, ou de um decreto autoritário, ou qualquer outro fator externo, mas sim da livre associação de trabalhadores que possuiam liberdade plena  desde a administração da fábrica até o planejamento da produção.

A sociedade socialista mudou a relação social no trabalho por inteiro e os travalhadores tinham um mundo de possibilidades para chegar a acordos trabalhistas. O governo soviético era constituído de trabalhadores desde suas bases, através dos sovietes(Comitês), que de pronto atendiam a própria reivindição de seus componentes, como reajuste de salários, horas, férias, etc. Assim, os trabalhadores compunham desde a administração da fábrica até a administração, através da eleição de delegados nos sovietes de cada categoria.

Assim, a URSS incorporou para a estrutura do Estado um série de direitos que os trabalhadores, antes no capitalismo, levava a várias e penosas greves. Seguridade social, auxílio-desemprego, saúde, etc, todos as reinvidicações dos trabalhadores foram garantidos pelo Estado Operário.

A burguesia e seus aparelhos ideológicos também tendem a vociferar que os sindicatos soviéticos não eram indepedentes. Como não eram indepedentes se eram instituições que compunham o próprio Estado? Os sindicatos necessitavam da URSS e o URSS necessitava dos sindicatos. E essa boa relação exigia liberdade sindical para uma plena harmonia entre trabalhadores-sindicato-Estado. Portanto, os sindicatos soviéticos tinham plena representação nos órgãos estatais. Lógico, para nascer um estado operário forte  é mister a interdepedência entre todos os poderes.

Na URSS a greve não se fazia mais uma instrumento de luta tão eficaz. As condições de trabalho era definido pelos próprios representantes sindicais.

Na URSS, a greve não era mais necessária. As condições de trabalho foram definidos por representantes sindicais, os tribunais serra para o cumprimento dessas condições, o estado seguro-desemprego garantido, etc cuidados de saúde, qualquer entidade pública (nem mesmo o governo da URSS) poderia aprovar leis trabalhistas sem a participação dos sindicatos. Existem muitas ferramentas de ataque menos doloroso para resolver conflitos.

1 comentários:

Quando um bando de criminosos usurpa o poder a linguagem é sempre a mesma.
Quando a alternância não se faz de forma pacífica é legítimo provocá-la de forma violenta.
As camisas negras de Mussoline, as camisas castanhas de Hitler ou as camisas vermelhas de Lula e dos outros PC's têm todos a mesma inspiração.

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